tag:blogger.com,1999:blog-9794690240544317922024-03-12T23:39:14.655-03:00My Stupid Own FairytaleIsabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.comBlogger196125tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-78066083288857004752016-04-12T22:44:00.001-03:002016-04-12T22:45:28.944-03:00<div style="text-align: justify;">
O dia se mistura com a noite em tons alaranjados enquanto a escuridão é iluminada pelas luzes da cidade. A vista ilustre da sacada acalma meu coração agitado em meio a uma cidade que reflete loucura e calmaria em uma sintonia constante. O vento lá fora é gelado, trazendo uma sensação térmica negativa. As baixas temperaturas fazem o reflexo de uma sociedade fria e fechada, mas que tem um coração ameno e abre as portas para quem quiser suportar os flocos de neve incessantes. O choque cultural acontece a cada esquina, mas aqui ninguém usa armas, porque a tolerância é um lema seguido a risca. Esse é o país da solidariedade, do respeito, da justiça - o exemplo de uma nação. Entretanto, a perfeição está longe de existir, não é a toa que por trás de toda a beleza, existem partículas xenófobas embaixo de alguns tapetes. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não sei se posso criticar ou apontar o dedo, afinal venho de um país onde a corrupção e o egoísmo é raiz da sociedade. Aqui algumas coisas acontecem "under the table", mas o desenvolvimento social é de se abismar. O multiculturalismo impressiona, a igualdade entre os gêneros é quase de aplaudir, sem contar que a desigualdade social é mínima, porque os impostos são proporcionais ao seu salário. É tudo tão certinho que às vezes falta aquela adrenalina que só as falhas nos proporcionam. Falta comida boa e aquele abraço quente quando se cumprimenta alguém. Por vezes tentei me encaixar, porém percebi que meu lugar ainda não é aqui. Não culpo a saudade, pois acho isso mais algo de personalidade e de sensibilidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não posso reclamar do que esse lugar me trouxe, porque, em meio a testes de resistência e crises existenciais, eu pude me reencontrar. Depois de quase seis meses, percebo o quanto o tempo voou e o quanto o meu reflexo no espelho mudou. Os valores foram confrontados, o medo esmagado em uma caixinha de sapato. O coração amadureceu e a mente clareou. A saudade me sucumbiu, mas minha coragem floresceu. A batalha só começou e, finalmente, descobri no amor - o amor próprio - a verdadeira força. A escuridão de um inverno sem fim me fez acreditar nos raios de sol tímidos que agora se misturam com a noite embaixo dos meus olhos. A realidade me veio como um tapa, de formas tão dolorosas que acordei. A minha paz é que a dor só me ajudou a enxergar o quanto o mundo ainda tinha a me oferecer. </div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de seis meses longe de casa me tornei a mulher que queria ser, o problema é que eu descobri que ainda posso ser mais. O sonhos que ainda eram imaturos cresceram em proporções desproporcionais. Esse lugar me transformou, fico me perguntando o quanto tantos outros lugares poderiam fazer o mesmo. Acho que talvez essa seja uma das melhores coisas da vida: espelhar o pouco de nós pelo mundo e trazer um pouco de cada lugar consigo.<br />
<br /></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-42820551834797323122015-11-05T12:29:00.003-02:002015-11-05T12:35:05.794-02:00Para a minha estrela <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ainda lembro do sorriso dela - doce, largo, sereno. O olhar singelo que acolhia quem chegava com
conforto e carinho. As mesas cheias de guloseimas para os cafés da tarde aos
sábados. O cheiro do bolo de cenoura saindo do forno e do brigadeiro quente
grudado na panela.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A porta da casa sempre estava escancarada. Talvez, porque
para o coração dela havia sempre espaço para mais um. Ela acolheu pessoas que
ela nem conhecia, gente do Espírito Santo, da Bahia e até do México. O almoço
era sempre banquete, porque de acordo com ela era "melhor sobrar do que
faltar". <br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No Natal, era aquela festa. A preparação começava duas
semanas antes, porque tinha que ter sequilho, bolachinha de limão, biscoitone,
pavê e o tradicional salpicão que só ela sabia fazer. Nos aniversários, bolo e
brigadeiro é o que não faltava e não tinha como escapar das comemorações, ela
sempre fazia questão de reunir a família para uma festinha. <br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ela cuidou da mãe, do pai, dos filhos, do marido,dos netos,
dos irmãos, dos sobrinhos, dos filhos dos sobrinhos, dos vizinhos e de quem
mais precisasse de cuidado. Ela não se importava com aparências, porque ela era
mãe com letra maiúscula. Ela abria os braços e cuidava. Talvez esse seja o dom
pelo qual ela sempre será lembrada.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No papel ela era minha avó, mas no meu coração ela também
foi mãe - a segunda mãe, como eu dizia. Eu era a princesa dela e ela, minha
rainha. Nós éramos um grude, ela cedia a todas as minhas loucuras. Ela me
mimou, até demais se quer saber. No entanto, ela me deixou a lição mais bonita
de uma vida toda: ela me ensinou a amar. <br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há dois anos uma notícia tirou o meu chão: ela tinha
câncer. Cada parte de mim doeu junto com
todas as prescrições médicas, tratamentos e cirurgias que ela viria a
enfrentar. Eu chorei muitas vezes, e o mais incrível, é que em todas elas, ela
me colocou no peito e disse que ficaria bem. Ela lutou até quando não podia
mais lutar. Ela acreditava que iria se curar até o seu último dia de vida. Até
que enfim ela precisou descansar, porque infelizmente nós não somos
invencíveis. </div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Natal deste ano não vai ter salpicão, nem sequilho, nem a
risada alta de Dona Ana Maria. Os sábados ficaram vazios, já que a cozinha não
tem mais cheiro de café. Felizmente, o meu coração continua cheio de lembranças
e do amor que ela me deu durante esses vinte anos. Obrigada, vó. Pra mim você
será sempre a minha rainha. </div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-14633891549438771672015-04-12T20:15:00.000-03:002015-04-12T20:15:17.961-03:00Saudade de Você <div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Escrevo porque sinto saudade. Dos domingos chuvosos com gosto de brigadeiro, das risadas altas, das cantorias exageradas. Daquela janela quadrada e pensativa, do cheiro da brisa salgada, da cama virada do avesso. Das visitas a lugares improváveis, das comilanças desgovernadas, do milkshake de kinder ovo, de assistir "A Lot Like Love". Das corridas ilusórias, das competições bobas, dos olhares significativos. Da pipoca temperada, das piadas sem graça, de How I Met Your Mother. Do perfume do seu corpo, do seu sorriso largo, do verde dos seus olhos tempestivos. De mexer no seu cabelo e deixar ele bagunçado, de ver você dormir. Saudade de gargalhar pelas suas costas e fazer você rir sem saber o porquê. Das suas chantagens sem fundamento pra me convencer a ceder suas vontades, da sua cara de bravo, das brigas pela minha ansiedade ou por você dirigir desgovernadamente meu carro. Do seu estresse diário, da sua cara de bobo, da sua expressão sem graça. Das conversas inteligentes, dos filmes decentes (e um tanto indecentes também). Das idas ao cinema com todos os rituais ousados, de ficar irritada com seu vício tecnológico, do seu bafo matinal. Saudade de dividir uma cama de solteiro, de dormir agarrado, de ouvir o seu "bom dia" de sono. Saudade do seu abraço que juntava todos os meus pedaços, do seu olhar perdido, de sentir você em diversos sentidos. De tentar decifrar suas expressões, de perder as discussões, de cantar Oasis no carro. Das nossas loucuras imprudentes, dos desejos carnais, do seu beijo apaixonado. Saudade de poder contar os dias pra te ver, de pensar em milhares de cartas pra te escrever, de ouvir seu "boa noite" sereno. Da nossa amizade, da sua cumplicidade, da sua companhia. De roubar seu cobertor no meio da noite, dos seus pés cruzados com os meus. Saudade da sua mãe, do seu cachorro, da sua mania desorganizada ser. Dos seus esquecimentos momentâneos, da sua bagunça, de deitar no seu peito só pra ouvir seu coração bater forte. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Saudade de poder dizer que eu tô com saudade. De poder dizer que te amo, porque, na verdade, eu amo e queria que você estivesse aqui agora.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Saudade de você. </span></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-3734387696570714422015-03-29T13:57:00.004-03:002015-03-29T13:57:54.108-03:00Das Minhas Aflições <div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Desnudo-me em palavras. Escancaro aqui meu coração, com todas as suas imperfeições, cicatrizes e peças coladas. O banquete está na mesa e sirva-se quem puder, ou melhor, salve-se quem souber. Sinto o gosto amargo do Whisky descer goela baixo, enquanto fermento estes sentimentos confusos e desnorteados em algum lugar do meu peito ou do meu estômago, tanto faz - está por toda parte. Você não vê, não é mesmo? Afinal, o vinho está doce e o meu batom vermelho, borrado. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Evito manter contatos visuais por muito tempo, meus olhos entregam a angústia que tento esconder. Sorrio firmemente, enquanto no vácuo do meu silêncio sinto a dor cretina percorrer cada espaço do meu corpo. Arrepio-me com toques desconhecidos assim como me aflijo com o desgosto pelo pesar da solidão neste quarto frio</span>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meus lábios estão cortados devido a ansiedade que paira sobre mim. A saudade me corrói. E eu me enlaço em um abraço em que eu mesma sou o conforto e a sanidade. Não ouço sussurros, apenas gritos que invadem estas portas de madeira escura no amanhecer de domingo. São sonhos pesados, macabros, rubricados. Não entendo, mas suo frio. Então, acordo com o gosto amargo de café na boca, com a respiração ofegante: onde estamos? Não existe mais esta conjugação. Agora, o verbo tornou-se singular, com toda a imponência e sutileza de estar só. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uma melodia leve, aos poucos, entra no cômodo vazio. Vem delicadamente como passos serenos de um amor que lentamente caminha ao seu ápice. Aprecio as notas musicais e aquele voz bonita cobrir meus buracos mais profundos. E sinto como se a harmonia preenchesse a angústia. Levanto-me da cama e olho meu reflexo no espelho. Vejo olheiras profundas, marcas de rímel envolta dos meus olhos e um sorriso triste. Assusto-me e, em um confronto interno, só consigo me questionar "O que eu fiz de errado?". Nada, meu bem. Você (eu) só fez o que faz de melhor: sinto com toda a intensidade, sofro com toda a minha fragilidade. Neste momento vi duas pessoas distintas e então percebi que não estava sozinha. Éramos nós duas, sempre o fomos. Então, aquela voz familiar veio alta como um chacoalhão "Levanta essa cabeça, querida. Porque tudo passa, nós sabemos que sempre passa". </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E assim, eu sorri. Sem censuras ou aflições. Vesti um vestido bonito, penteei o cabelo e, com firmeza, decidi que não choraria mais. Na vida, às vezes, é preciso deixar ir e sentir a liberdade de se estar consigo mesma. O clichê já dizia: se for verdadeiro, sempre volta. </span></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-596467462880638362015-03-21T14:04:00.000-03:002015-03-21T14:11:20.902-03:00Ainda Somos Nós<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Ainda éramos nós quando nos cruzamos no corredor da escola e você iluminou meu dia com o seu sorriso. Ainda éramos nós no estacionamento daquele prédio verde, descobrindo o que era a simplicidade da primeira paixão. No primeiro beijo, nos encontros desengonçados, nos olhares tímidos, em uma música dos Jonas Brothers. Ainda éramos nós quando brigamos pela primeira vez e deixei você ir embora com metade do meu coração quebrado. Assim, como quando você nos deu um ponto final e eu o pintei de reticências. Deixamos de ser nós quando li sua carta e não senti nada menos do que alívio. Por ter feito a diferença, por ter, finalmente, acabado. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Ainda éramos nós naqueles abraços diários. No silêncio de nossas palavras, nos mistérios dos nossos encontros escondidos. Ainda éramos nós quando tomamos sorvete de morango e assistimos a lua ascender na praia vazia. Éramos eu e você quando as luzes da cidade se apagaram e as lágrimas de saudade me afogaram. E também quando tocávamos violão e você me deixava cantar, elogiando a minha voz. Ainda éramos nós quando fui embora e te deixei segurando sua bicicleta e metade do que eu acreditava ser amor, mas nunca foi. Deixamos de ser nós em uma noite de verão, quando, em meios a tantas confusões e mágoas recentes, eu percebi que só fomos paixão e nada mais. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Ainda éramos nós quando tivemos nosso primeiro contato visual. Quando lá de cima te vi me encarando curiosamente, sem saber quem eu realmente era. Ainda éramos nós no dia em que você, todo simpático, me fez corar como um tomate. Ou então, naquele bar em que sua tentativa de me beijar foi falha. Ainda éramos nós naquela sexta-feira de abril, quando depois de tanto te negar, eu cedi. Ou então, quando você me ligou no feriado depois da meia noite só pra dizer que queria ter me visto. Ainda éramos nós quando brigamos pela primeira vez e eu quis te evitar, mas você me puxou de volta, porque era isso que você sempre fazia. Ainda éramos nós quando você se lembrava de mim ouvindo 'Chasing Cars" e eu sorria ao ver você nas letras do John Mayer.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Fomos nós naquela festa, onde o barulho encobria nossa raiva e nos beijamos pela última vez. Deixamos de ser nós, porque, na verdade, nunca o fomos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Ainda éramos nós naquela sexta-feira de verão, em uma cadeira de praia, quando deixei você me beijar. Quando em uma noite fria de maio acendemos o coração um do outro com carinho. Ainda éramos nós em um dia especial, que você fez questão de bater na minha porta acompanhado de um quadro que tinha me desenhado. Ainda éramos nós quando, naquele mesmo dia, você me mostrou um mundo em que eu nunca havia estado antes. E depois, na nossa primeira despedida de coração apertado, assim como nos nossos reencontros de sorriso largo. Ainda éramos nós quando competíamos para saber quem cantava "Thinking Out Loud" melhor, ríamos sem pensar das nossas piadas banais e dos desamores deixado pra trás. Ainda éramos nós durante o ano novo, o carnaval, as noites de sono mal dormidas. Ainda éramos nós naquele último "eu te amo" dito, em meio aquelas palavras cortantes da nossa última despedida. Ainda fomos nós na saudade, na distância que nos quebrou. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ainda somos nós no amor. </span></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-85748470241327314512015-03-17T13:46:00.002-03:002015-03-23T01:10:39.100-03:00Carta Para Alguém Especial<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>Para ouvir: One, Ed Sheeran. </i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quero te escrever uma carta, dessas bonitas que só escrevemos para aquelas pessoas que deixam um espaço bonito no coração da gente. Quero poder te dizer o quanto a vida é passageira e tudo muda de lugar a todo momento, mas o que é essencial sempre fica. Quero te afirmar que vai ficar tudo bem. E você sabe que vai. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Enquanto as lágrimas caem dos meus olhos, eu sinto você desenhar um sorriso no meu rosto, porque isso é você. Isso somos nós. E na minha memória sempre seremos assim. Você vai ser meu melhor amigo idiota e eu sua amiga chata. Nós vamos rir, vamos nos xingar e inventar um daqueles apelidos bregas. Eu vou te contar minhas histórias sobre cretinos e você, sobre como é ser um cretino. E quando o mundo tiver desabando, a gente vai se ajudar, porque é assim que sempre fizemos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu vou tentar ser menos insegura e você, menos esquecido. Eu vou escrever textos melancólicos e você vai desenhar o que te assola. Eu vou viver aqui e você, aí. E assim a vida vai seguir. Mas, um dia, se for pra ser, vai ser. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como eu ouvi tanto nessas duas semanas: tudo tem seu tempo. O nosso vai chegar, eu sei que vai. Enquanto isso, eu só desejo que você seja feliz. Que você encontre o seu caminho. Que você quebre o coração de muitas garotas, mas, por favor, deixe o seu intacto. Que você ouça muito Ed Sheeran. Que vá aos seus shows preferidos e viaje na sua primeira oportunidade. Que você consiga colorir uma parte do mundo e inspire pessoas - e se você não conseguir, quero que você sempre se lembre que coloriu o meu mundo por diversos momentos. Que você tenha paciência com a sua mãe e com você mesmo. E que enfim, você possa encontrar o amor nas pequenezas da vida, porque as coisas mais simples são aquelas que tem maior significado. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quanto a mim? Não se preocupe, eu sempre dou o meu jeito. Eu vou sorrir, vou quebrar a cara, mas vou levantar duas vezes mais forte. Vou lutar até o fim pelos meus sonhos, porque eu não desisto fácil, você me conhece. Espero inspirar pessoas, escrever crônicas arrepiantes e ser uma pessoa de sucesso. Mas, acima de tudo, espero que no meu caminho, tenha amor. E só. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Obrigada. Por ter sido você, por tudo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Só consigo terminar esse texto com uma frase e ainda bem que só você conseguiria entender...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> "Don't ruin it". </span></i></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-60203002747737100862015-03-16T23:49:00.001-03:002015-03-16T23:56:35.638-03:00Sobre A Nossa Essência <div style="text-align: justify;">
<i>Para ouvir: Wires, Athlete. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em meio a uma multidão, ouço vozes cada vez mais altas e sinto minha cabeça doer. Estou farta das palavras, desses conselhos ríspidos, desses discursos que cortam. Eu quero o silêncio, quero me enfiar em uma bolha e esquecer do mundo. Já não tenho mais paciência para tudo o que se passa ao meu redor, esse filme tão familiar que insiste em me assombrar através do anos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Parece que me encontro em um julgamento, onde o réu é o meu coração. Alguns me defendem, outros me acusam, e eu só quero que tudo acabe. Ninguém está certo, assim como não há um errado concreto. E nesse fogo cruzado, só consigo sentir as queimaduras arderem lá dentro de mim. Não quero suas palavras falsas, muito menos essas mentiras que vocês insistem em me contar para que amenize tudo isso. Se há uma verdade, fico com ela. Mas, no momento, eu só quero paz. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No fundo, sempre vai ser eu e eu. A solidão já deixou de ser um problema, agora ela é tudo o que eu preciso. São nos nossos descaminhos que encontramos nossa essência. E eu preciso me reencontrar. O meu sorriso pede pelo seu brilho de volta e meus olhos, por calmaria, já que não param de chover. Eu cansei das mesmas histórias, desse passado que se faz presente e me lembra de tudo que eu custei a esquecer. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As coisas mudam. Em uma hora está tudo bem e minutos depois não está mais. A vida é assim, infelizmente. E como diz o clichê: o mundo não vai parar para você consertar seus problemas. O único jeito é deixar doer até florescer de novo. E nessa bagunça toda, só precisamos não perder a fé. O amor é uma faca de dois gumes, ele vai te magoar, mas é ele quem vai te curar também. Eu acredito no amor, com todos os seus defeitos. No entanto, agora eu não quero precisar de um abraço, nem de uma voz suave, muito menos de um beijo caloroso - eu só quero precisar de mim. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uma hora ou outra a gente aprende que quando deixamos alguém entrar na nossa vida, precisamos antes ter encontrado a nossa própria entrada, porque nada é pra sempre. E no final, só sobra você e o seu reflexo no espelho. </span></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-81370105240627192562015-03-15T18:34:00.000-03:002015-03-16T11:21:58.828-03:00Livro: Tudo Que Você e Eu Poderíamos Ter Sido Se Não Fôssemos Você e Eu<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Admito que quando comprei este livro, pensei que se trataria de mais um daqueles romances clichês que eu adoro ler para passar o tempo. Felizmente, me enganei. Albert Espinosa, como um bom escritor espanhol, soube me cativar do começo ao fim. Foram 19 capítulos de reflexões, suspiros e surpresas que me fizeram chegar ao final arrepiada. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A história de Marcos vai além de um romance com a garota dos sonhos. Aliás, romance é o que menos tem no livro. A perda de sua mãe é o que dá ao enredo um sabor irresistível, trazendo memórias e lições que ela lhe deu ao longo de toda a vida. O amor é retratado em seu mais puro sentido, o que me fez enxergar nesse sentimento um poder maior do que jamais eu havia imaginado. O livro se completa com a garota do Espanhol e o "estranho", que nos instiga a tentar entender o mistério da vida e da liberdade. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Tudo Que Você e Eu Poderíamos Ter Sido Se Não Fôssemos Você e Eu" é um livro sobre "ser livre", mais do que isso, ser livre no amor. O final me encantou, e sabe por que? Porque era tudo o que eu não estava esperando. Realmente, é um livro genial. Se tiverem a oportunidade, leiam. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Nunca se sabe o que se vai encontrar por trás de uma porta. Talvez nisso consista a vida: em girar maçanetas." </span></i></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-70049709794167165222015-03-12T14:25:00.001-03:002015-03-12T14:29:37.195-03:00"Um dia você vai entender"<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ouvi essa frase pela primeira vez aos meus quatro anos e acredito que nunca mais saiu da minha cabeça. Tenho a imagem viva de uma pequena garota sentada no carpete, frente a um armário aberto, com roupas que iam, aos poucos, sendo jogadas dentro de uma mala velha. Haviam lágrimas, dor e um sentimento que até hoje me embrulha o estômago de pensar. Mas, por incrível que pareça, atualmente, eu entendo. Não da forma como gostaria de entender, porém os anos me mostraram que algumas coisas ficam melhores dentro de uma mala fechada, não valem a pena. Dizer que não ficaram cicatrizes seria uma mentira, porque elas são reais e, vez ou outra, soltam casquinhas. Só que eu aprendi a lidar, ou acho que aprendi. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Bem, voltando ao assunto inicial desse texto, ouvi esse bendito discurso de "Um dia você vai entender" milhares de vezes nessas minhas quase duas décadas de vida. Minha mãe foi uma das maiores ditadoras dessa ideologia sagaz, seja me alertando sobre as minhas vontades negadas, seja me consolando nas minhas derrotas. Na maioria das vezes, ela estava certa, sem dúvidas. Já em algumas raras situações, ainda guardo dúvidas. Acredito que nunca vou entender tudo, isso também seria praticamente impossível, mas às vezes dói ficar com um ponto de interrogação dentro de você. E posso dizer, que a última vez que ouvi essa frase de alguém não faz nem uma semana. Acredito que o motivo foi para me justificar uma "despedida?" ou um final medonho, quem sabe? Só sei que essa frase me entrou a seco pela garganta e, juro, que um filme se passou pela minha mente, trazendo de volta algumas memórias dolorosas que eu prefiro esquecer. Ok, eu concordo que algumas respostas vem com o tempo e que o futuro é uma incógnita, afinal "tudo tem seu tempo", não? Mas, dói. É aquela velha história do "e se?", porque inevitavelmente a gente pensa em como as coisas poderiam ter sido se já não tivessem sido interrompidas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Conversando com uma amiga ontem, ela me disse algo que me fez pensar: "podíamos ter um trailer, igual a esses de filmes, do nosso futuro, não?". Acordei com essa ideia louca na cabeça, porque, no fundo, ela faz sentido. Seria bom ter um panorama curto do que podia ser, até porque o trailer só dá aquele gostinho do que pode ser o filme, mas não a sensação inteira e impressionante de que é assisti-lo. Infelizmente, isso não é possível, vamos combinar. E do jeito que eu sou, ansiosa-desesperada-apressada, iria, com certeza, já estar ficando louca se soubesse das minhas futuras perdas e decepções. Mas, apesar disso, gosto de ter tudo sob controle, de me preparar antes de acontecer, porque se acontecer pode ser que doa menos - que ilusão! Então, cheguei a conclusão que saber do futuro seria mais fácil, só que, ao mesmo tempo, um tanto quanto difícil. E me conformei com essa realidade maluca. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Agora, de volta ao ponto inicial, não gosto da sensação de esperança que essa frase traz. Claro, que eu não vou ficar aqui sentada esperando entender o que foi ou deixou de ser, mas, agora me incomoda. É horrível pensar que daqui um ano essa mesma frase, dita há uma semana, pode virar pó. Assim, como é péssimo pensar que doeu tudo o que doeu, pra depois eu entender e perceber que era só ter tido um pouco mais de autocontrole. Agora, quer a verdade? Lendo tudo isso que escrevi só consigo me sentir uma boba, porque não tenho o controle da situação, nem nunca vou ter quando se trata desse mundo efêmero dos sentimentos. A vida é um eterno ponto de interrogação, e o que eu tenho a dizer sobre isso? Bem, "um dia você vai entender". </span></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-39394344090780134272015-03-06T13:24:00.002-03:002015-03-06T13:25:51.582-03:00<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: Verdana, sans-serif; text-decoration: -webkit-letterpress;">(13/10/14) </span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Conforme a brisa da estrada tocava sua pele, ela pensava no quanto os quilômetros se alargavam a medida que as árvores iam ficando para trás. O estranho é que todos os sentimentos continuavam com ela, mesmo com aquela longa distância surgindo. Os seus olhos marejavam de incerteza, algo que a consumia. A incerteza não aparecia como uma dúvida, mas como um medo - o medo de perder, de me perder mais uma vez.</span></i></div>
</div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: auto; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;">
<div style="text-align: left;">
<i style="text-align: justify;"><i><span style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: Verdana, sans-serif; text-decoration: -webkit-letterpress;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São palavras bonitas que se esvaiam por um sorriso que encanta, que cuida. É loucura, eu sei. Só que depois de tanto tempo fechada, uma boa conversa vem como um acalento pro coração. O duro é quando essas conversas se tornam constantes e, ao menos tardar, surgem pontadas no coração. Eu não sei até que ponto ele é diferente, mas quando ele me abraça, eu me sinto inteira de novo. E esse é justamente o meu medo. <span style="font-family: Times New Roman;"> </span></span> </span></i></i></div>
</div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-72337009581542241672015-03-06T01:30:00.001-03:002015-03-16T23:58:59.882-03:00Mas, e agora? <div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>Para ouvir: Slow Dancing In a Burning Room, John Mayer. </i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu queria encontrar as palavras certas, mas acredito que não existe nada certo dentro de mim nesse momento. É como se o espetáculo do ano acabasse e ninguém aplaudisse. É tudo silêncio e vazio. Só sobrou eu sentada naquela cadeira dura e gelada, procurando um rosto, um sinal que fosse. Mas, tá tudo confuso e eu não consigo encontrar você. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As portas se fecharam e tudo o que ficou foram essas fotos espalhadas pelo chão do teatro. É o último ato da peça, mas não há esperanças. Só existe pontos de interrogação e reticências. Eu esqueci minha fala e o beijo do grande final se perdeu em algum canto desses quilômetros em que se estendem essas ruas largas e molhadas lá fora. Eu grito o seu nome, mas a única resposta que recebo é o eco da minha própria voz. Então, sinto a solidão pesar dentro daquele livro que até agora estava aberto, mas que, por ação do vento ou de alguma força desconhecida, se fechou e caiu sobre a minha cabeça.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E dessa maneira, a única coisa que me resta é ligar o rádio e ouvir aquela música pela última vez. Olho para cada canto daquele lugar sombrio e lembro dos dias em que tudo era iluminado e bonito. Não tinha cortina rasgada, ou quadros quebrados e, muito menos, cadeiras vazias. Existia sorrisos, piadas idiotas, situações insanas, declarações calorosas. Existia eu e você, éramos nós contra o mundo. Às vezes tinha medo, tinha tristeza, mas não importava, porque aquele abraço no fim de cada espetáculo concluído valia por tudo. Mas, e agora?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não sobrou nada. Só restou esses fantasmas, essa música de amor que virou mais uma dor. Era pra ser épico, era pra ser difícil, porém era pra gente vencer. Era para nós irmos para a Broadway e encenar o beijo mais bonito em frente a Ponte do Brooklyn, como sempre sonhamos. Era, era, era... E não é mais. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É estranho pensar. Como 30 minutos podem destruir três anos? Como todo esse tempo sorrindo pode levar a esta noite nebulosa? Não importa mais os bons momentos, porque tudo o que ficou me limita a dor. E dói, como dói. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por isso, eu fecho os olhos e te encontro aqui dentro. Eu vejo você bater na porta do meu camarim com aquele sorriso bobo enquanto tudo o que eu quero é te bater, mas você me faz te abraçar. E depois você me desnuda e eu te mostro o meu segredo - aquele que ninguém nunca viu. Eu te entrego meu coração e você fala que me ama. Nós cantamos Oasis felizes em uma viagem qualquer assistindo aquele pôr do sol enquanto eu brigo com você pela sua distração. E depois comemos aquela pizza inteira e assistimos um filmes de três horas no cinema. Nós vemos os fogos estourarem em uma praia lotada e você implica com o meu batom vermelho. A gente briga pelas coisas mais banais, mas no fim nada como os nossos olhos se encontrarem e tudo resultar em calor humano, em amor. A saudade é uma dor que nós sempre engolimos, só por um final de semana espetacular, só por nós dois. Você me desenha um quadro e eu te escrevo uma carta. O seu estresse é exagerado e minha sensibilidade é extremista. Eu choro, você ri. E no fim, nós acabamos rindo juntos. Porque é assim, sempre foi assim. Mas, e agora? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A porta está fechada, eu não ouço a sua voz. Não há sorrisos, só existem lágrimas. E eu me perco nessas memórias que parecem tão recentes. Você foi embora, mas a sensação que eu tenho é que você ainda está aqui dentro de mim, eu só não consigo te abraçar. E isso me sufoca. Porque tudo não passa de uma ilusão, de palavras em um papel molhado. As peças do quebra-cabeça são embaralhadas de novo e eu escrevo mais uma vez nesse diário irritante. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esse é o fim. O desfecho que eu não consigo aceitar, que me quebra a mente. Eu quero te chacoalhar, quero te provar o que tem aqui dentro, mas parece que nada do que eu disser vai mudar. Eu não sou mais suficiente e me pergunto se um dia eu fui, porque não faz mais sentido. O amor devia ser tudo, mas agora parece que ele não é nada. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então, eu fecho a porta, desligo a música e te vejo partir no meu pior pesadelo. E tudo o que fica é o barulho dos meus soluços intermitentes enquanto as lágrimas escorrem silenciosamente pelos meus olhos. Há pedaços de mim espalhados pelo palco e memórias de você assombrando o meu coração. Porque talvez o amor não seja uma peça de "felizes para sempre", mas sim, um drama realista, onde a distância é quem vence a guerra. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tinha tudo para ser. Mas, e agora? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Agora, eu não sei mais. </span></div>
<br />Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-10491992133693021822015-02-22T17:55:00.002-03:002015-02-22T18:01:48.086-03:00Do Começo ao "Fim"<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O primeiro ato começa com aquele choro fino, estridente e um tanto arrebatador. Tira sorrisos, uma sensação que não se explica, só se sente. Depois vem o reconhecimento de território, o primeiro sorriso, os passos que você nunca deu. A curiosidade pela compreensão dos pequenos atos e tatos, a mistura de palavras e, por fim, a formação das frases. É tudo mágico. Como se ainda houvesse aquela árvore no meio do quintal e, ela se sentasse para brincar de boneca ou fazer aquela bagunça e se sujar de terra. Memória de sorrisos singelos, canções de ninar e o sentimento de medo rotineiro, como se algo estivesse para acontecer. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então, entra em cena um armário antigo dentro de um apartamento pequeno. Cadeiras com tom de vinho e uma televisão. Um quarto medonho, cheio de bichos de pelúcia e bonecas que te encaram a todo momento. Uma miniatura de uma bruxa. E gritos, brigas, ausência. O ato de dizer adeus e de quebrar laços através de fingimentos, de covardia. Uma dor silenciosa, o último momento ali. Sentada naquele chão frio, ouvindo atentamente aquela conversa que mais parecia um ultimato do que um consolo. "Um dia você vai entender", e entendeu. É uma pena que algumas partidas nos deixem cicatrizes que fingem estar fechadas, mas, ali, no escuro daquele quarto, elas continuam expostas, deixando marcado o choro de uma mãe no colo de sua filha. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A porta fechou, mas o medo e as perguntas persistiram. Eis que surge aquela casa amarela e, com ela, uma bicicleta com desenhos dos Bananas de Pijamas - o melhor presente que o Papai Noel poderia ter trazido. Uma sensação de liberdade misturado com cabelos mais compridos que voavam junto aquela brisa leve. E então aquela tarde, naquela quadra cinza, quando a bicicleta deixou de ter quatro rodas e passou a ter duas. "Fica tranquila, eu não vou te soltar", mas ele soltou. E talvez tenha sido nesse dia que ele deixou de ser o herói para se tornar apenas mais uma figura representante da insegurança. No entanto, ela foi sozinha. No meio de esperas inacabadas, de medos postos a prova e situações cabulosas para uma infância em que tudo deveria ser simples, só que nunca foi. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Havia uma árvore, crianças correndo pela rua e aquele cheiro gostoso de miojo. Risadas, descobertas e ralados em um joelho frágil. Escolas diferentes, ansiedades e o medo de ser esquecida. Um livro de capa azul que cansou de ser lido, um cachorro arteiro e um gato fujão. Barbies, Pollys e Sandy e Júnior. O gosto daquele bolinho de chuva em uma tarde de janeiro. Festas de aniversário, bolo, guaraná, uma cama elástica e uma cadeira quebrada. Mudanças, perdas e recomeços. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então, as ruas se confundiram, os lados foram trocados. O amarelo se tornou laranja. A cama caramelo virou branca. Uma chegada inesperada trazendo o choro agudo no meio da noite, mas iluminando os dias com aqueles olhos azuis, que depois vieram a se tornar verdes e por fim cor de mel. Docemente surge uma palavra nova, com um gosto do mais puro amor: "tata", deixando um carinho que seria eterno. Em meio as novidades, a grande mudança. Uma despedida dura que levava a uma estrada com 800 quilômetros e dias de saudade e, mais tarde, a caminho do mar e de histórias que ficariam para sempre na caixa de boas memórias. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A primeira impressão era de que tudo era cinza e feio. A insegurança pairava pelo carro devido a segunda mudança em menos de um ano. Nada se esperava senão a angustia de estar longe da antiga zona de conforto. Os próximos atos acontecem em um apartamento vazio, de paredes brancas e ventiladores "arcaicos". Um toque aqui, uma cor ali e um novo lar foi construído. A escola nova e uma "bolsa bonita" que faria toda a diferença nos próximos anos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Amizades que se construíram e se fortaleceram ao longo dos anos. Risadas, loucuras e aprendizados únicos. O primeiro beijo, o primeiro amor, a primeira decepção. O refúgio nas palavras, os textos melancólicos e a paixão pelos livros. Dedicação, incentivo e os ensinamentos de um mestre que ficaram grudados na memória. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um violão, noites em claro e uma resposta nunca recebida. A frieza, a desilusão, o ultimato de mais uma partida. Abraços quentes, olhos castanhos e cuidado. Dor, lágrimas incessantes e inconformidade. A despedida de um lugar querido, da liberdade, da brisa salgada, do palco de sorrisos e crônicas de dias onde a sua única preocupação era estudar para a prova de biologia. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com a volta dolorosa a ruas tão conhecidas, algumas cicatrizes também se abriram. Saudade, ansiedade, pressão. Uma prova de resistência durante um ano de pura bagunça. Olhos difíceis, conquistas debochadas, sorrisos frágeis. Uma decepção desestabilizadora. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O recomeço. A ânsia por uma conquista. Amizades novas e a perda de algumas antigas. Instabilidades. Questões passadas que voltam como uma espécie de bomba-relógio. Baladas, maioridade, críticas. Risadas inesperadas em domingos cinzas. O início de um ciclo que nasceria da desesperança e acabaria em um beijo apaixonado. Um susto, o medo e a busca por uma fé que parecia ter evaporado. Noites em claro, hospitais, lágrimas de desespero. E, por fim, ou meio, uma calmaria e uma notícia apaziguadora.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Enfim, a grande vitória. A faculdade, as novas descobertas, a carta de motorista. Mágoas que vieram a tona, decisões difíceis, complicações intoleráveis. Guerras internas, palavras ríspidas, sangue em olhos alheios. O fim de um ponto de interrogação. O início de um relacionamento inesperado. Olhos tempestivos, esverdeados, remediáveis. Um abraço aconchegante, dias de paz. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Anos que passam, pessoas que vão embora, despedidas que doem. Dúvida que consome, músicas que ficam, histórias que se cruzam. Um passado complexo misturado a um presente indefinido juntamente a esperança de um futuro tranquilo. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A escrita como fuga. O amor como uma faca de dois gumes. A distância como vilã. E um caminho que não se sabe ao certo aonde irá chegar. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ela fecha os olhos e vai. </span></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-51874318504715160902015-02-18T19:39:00.004-02:002015-02-18T19:39:40.440-02:00Fica<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Faltam seis horas. Tudo o que eu consigo pensar são nesses 3600 minutos e no quanto eu quero que eles demorem pra chegar. Sinto cada parte de mim, aos poucos, despedaçar só por saber que daqui a pouco vou te ver entrar naquele ônibus e vou ficar aqui, te olhando ir embora sem poder te agarrar e pedir pra você ficar. Enquanto você dorme aqui do meu lado, presto atenção na sua respiração, nessa expressão serena que você faz diante da chuva que cai lá fora. Deixei algumas lágrimas caírem na sua camiseta, mas acredito que você não percebeu - ainda bem. Não quero dar um motivo pra você estar certo, porque, nesse caso, você nunca vai estar. Eu não quero abrir mão de você, não quero ter de deixar a única parte boa dos meus dias simplesmente ser varrida por um medo ou por uma saudade cretina. O que eu sinto vai além de qualquer palavra bonita que eu pudesse escrever. Pensar em quebrar essa nossa linha tênue é o mesmo que enfiar uma faca dentro de mim ou me enfiar num quarto sem porta ou janela. Me dá falta de ar, dói e dói demais. Por isso, eu quero que você fique, mesmo que toda vez eu tenha que te ver ir embora e a gente tenha que viver nossas vidas medíocres separados. Nenhuma saudade ou sofrimento supera o som da sua risada ou da sua cara de sono ou do seu mau humor matinal. Ler ou ouvir aquele "eu te amo" no fim no dia é que me dá forças pra aguentar o dia seguinte. E se esse não é um bom motivo, eu não sei mais o que dizer. Só queria que você soubesse que de todos os olhares, pra mim o seu é o mais bonito. Eu nunca vou esquecer do nosso primeiro beijo naquela sexta-feira maluca , porque depois disso tudo mudou. Você me fez enxergar o outro lado das coisas e me mostrou que era o cara que eu sempre procurei. Mesmo estando longe de ser um príncipe encantado, você soube me mostrar um pouco do que era o amor de verdade. Então, fica. Fica porque eu te amo, fica porque nem se eu rodar esse mundo inteiro não vou achar um sorriso que se encaixe tão bem com o meu como esse que você deslumbra. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fica, vai. </span></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-40994468460355869042015-02-18T19:34:00.000-02:002015-02-18T19:50:01.200-02:00Sobre A Vida e Sua Complicações<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Hoje, em uma daquelas conversas de fim de tarde com a minha vó a questionei o porquê de a vida ser tão complicada. Com um olhar sutil, ela encostou minha cabeça em seu ombro e me disse: "a vida não é complicada, minha querida, somos nós quem complicamos a vida". Talvez esse seja mais um daqueles clichês que a gente ouve da boca de todo mundo, mas, sabe, pela primeira vez dei mais atenção a essa colocação. Minha avó já passou por bons bocados na vida e desnorteada, como acordei hoje, um bom conselho é sempre bem vindo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Depois que voltei pra casa as palavras que ela me disse ficaram ecoando na minha cabeça. Realmente, ela estava certa. A vida é simples. É uma linha tênue com algumas intempéries no meio do caminho. Todo mundo tem problemas, ninguém é feliz cem por cento. O que eu não entendo é como você tem a opção de ter seus 70% de felicidade e acaba escolhendo os 50%. Não me venha dizer que são circunstâncias, pra mim as coisas funcionam de outra forma. Se você quer, você vai e faz. Você tenta, dá o seu melhor. Às vezes realmente não dá certo, mas o errado vem como uma lição, para um pouco mais adiante você fazer acontecer. Talvez eu tenha uma visão romantizada da vida, eu acredito que as pequenas coisas é que fazem a grande diferença no fim das contas. Mas, posso contar um segredo? Eu também choro, sofro, caio e dói - como dói! Já perdi a fé várias vezes, achei que não ia conseguir, que ia dar tudo errado. E confesso, deu tudo errado. Eu perdi chances por achar que não era boa o suficiente, deixei pessoas irem embora pelo simples medo de dizer 'fica', persisti em coisas que só me fizeram perder tempo. Eu sei que complico a vida. Não sei como, mas eu complico a mim mesma. O engraçado é que quando as coisas começam a se descomplicar eu vejo o quão cega eu fui, já que poderia ter sido mais fácil. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Tenho um defeito que costumo dizer que é meu maior obstáculo: sofrer por antecedência. Gosto de ter as coisas sob controle, de ter aquele planejamento do que vem depois. O problema é que muitas vezes as coisas não dependem só de mim e fico ali, me consumindo, tentando achar uma maneira de encontrar uma saída. Quase nunca eu acho, e fico ali me amargurando por semanas pra chegar naquele bendito momento e nada ser como eu imaginei. Eu espero demais das coisas e das pessoas, porque ainda tenho esperança, mais do que isso, creio piamente no velho ditado de que "a gente colhe o que planta". Acho que na maioria das vezes isso se concretiza, porém, isso demora, não vem de um dia pro outro - bem, eu pensava que era assim, vapiti-vupiti. Me decepcionei, não só uma, como várias vezes. Então, percebi que o carinho e consideração que eu dava pros outros, nem sempre me viriam de mão beijada, porque algumas vezes esses gestos vem com palavras ríspidas e socos doídos no coração. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Dizem que os realistas são os que mais sabem viver sem complicar as coisas. Bem, eu discordo. Pensar demais não é uma solução, pra ser sincera, acho isso uma forma de se angustiar. Já fui realista, e como fui. Mas, ser realista me fez perder muita coisa. Você começa a pensar, a analisar e quando vê acaba deixando coisas passarem, porque você encontrou os empecilhos que queria. Você sempre vai encontrar problemas se ficar refletindo sobre uma situação. Não acho que ser sentimental também seja uma forma de ser bem resolvido, porque quando você sente, acaba agindo por impulso, sem mais nem menos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Eu sou do tipo intensa, eu penso demais e sinto demais. Então, vivo no meio de uma guerra mundial entre países racionais e sentimentais. Esse conflito me consome, porque me sinto no meio de um fogo cruzado. Na maioria das vezes vou pelo coração, porque acredito nos sentimentos e no poder de sentir. Já em outros momentos, vou pela minha intuição racional, já que é bom tomar decisões com um ar mais sutil. No entanto, admito que já errei os caminhos várias vezes. Por isso que vivo nesse impasse, de ir pelo que penso ou pelo que sinto. Cheguei a conclusão que nunca vou saber qual o caminho mais aconchegante, é uma questão agir conforme você acredita e deixar acontecer. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Já escrevi muitas baboseiras, falei coisas desnecessárias, tudo pra chegar aqui, no fim. Acho que deveríamos complicar menos a vida. Acredito que o mais certo seria olhar para as situações com mais serenidade, mais sutileza. Acho que se você gosta de alguém, não tem porque deixar essa pessoa ir embora por medo. Também acho que se você tem uma grande oportunidade na sua vida profissional, tem que tentar e não achar que não é bom o suficiente. Parecemos seres frágeis, nos deixamos derrubar por simples resfriados, mas devíamos ter usar mais da clareza, porque, no fundo, não somos tão moles assim, muito pelo contrário, somos fortes. Nós podemos vencer, podemos alcançar nossos 70% de felicidade. Basta enfrentarmos os problemas de forma mais leve, de cabeça erguida. Nada é fácil, mas não é por isso que temos que tornar a vida mais difícil do que ela já é por si só. </span></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-65268227787332169362015-01-24T22:44:00.001-02:002015-01-24T22:48:23.132-02:00Dos Caminhos de Barcelona Para o Meu Coração <div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Terminei o livro com o coração disparado. Não sei ao certo se foram as palavras bonitas ou aquele desfecho que se abria a uma página em branco, deixando a porta da imaginação destrancada para o que pudesse vir. Carlos Ruíz Zafón é um companheiro antigo. Ainda me lembro da primeira vez que peguei um livro seu para ler - o encanto foi imediato. "A Sombra do Vento" foi como um primeiro amor, eu nunca consegui esquecer - definitivamente, meu livro preferido. Depois li o despretensioso "Marina" e segui com "O Prisioneiro do Céu" - uma descoberta ao acaso na livraria. E enfim, depois de uns dois anos, resolvi passear pela biblioteca e dar uma chance - que eu já sabia que seria muito válida - a "O Jogo do Anjo". Aprendi que os livros podem ser um abraço apertado com Zafón, pois tenho a certeza que todos os seus livros foram como um acalento às minhas noites e tardes vazias. Seus livros contam com um mistério envolvente, às vezes até macabro, misturado com uma pequena dose de romance que, quase sempre, nos toca por dentro. De todas as minhas leituras, acredito que "O Jogo do Anjo" foi uma das mais intensas. A curiosidade me guiou até o fim do livro e ainda me deixou com um gosto de "quero mais livros com este". </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Havia tempos que não lia um livro que me prendesse dessa forma, mas acredito que esse seja justamente o poder de Zafón sobre mim. Gosto de livros que as palavras cativam, em que no meio da história aparece uma frase que me faça parar e refletir. E ele faz isso. E sou grata por ter tido a oportunidade de entrar em suas histórias, de conhecer um pouco das ruas de Barcelona, de poder ter sentido um abraço a cada última página. Acredito que talvez essa seja a magia dos livros. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Deixo aqui uma das frases que mais me marcou de "A Sombra do Vento":</span></div>
<span style="background-color: white; font-size: 13.5px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white;"><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"O destino costuma estar ao virar da esquina. Como se fosse um gatuno, uma rameira ou um vendedor de loteria: as suas três encarnações mais batidas. Mas o que não faz é visitas ao domicílio. É preciso ir atrás dele."</span></i></span>Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-58545846121921344252015-01-11T22:51:00.000-02:002015-01-11T22:51:01.871-02:00Pelas Rodoviárias da Saudade <div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Era uma cena clichê, dessas que a gente lê nos livros românticos, ouve nas músicas poéticas e assiste nos filmes. Eu estava na rodoviária, sentada, esperando o meu ônibus chegar. Como não havia nada para se fazer, fiquei observando as pessoas e suas expressões, até que algo atraiu minha atenção. Vi um casal na fila do ônibus que tinha acabado de chegar. O garoto carregava um sorriso indeciso no rosto, como se tivesse pagando de durão ou algo do tipo. A garota, com uma expressão triste, carregava olhos que marejavam e, vez ou outra, sorriam quando encontravam com os olhos dele. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Não há dúvidas de que era uma despedida clichê. Imaginem só, uma rodoviárias e dois amantes se despedindo no final das férias, já ouviram essa história? Pois bem, ainda assim, fiquei intrigada. A garota, com uma expressão confusa, abraçava seu namorado querendo, não ir embora, mas ficar ali, dentro dos braços dele. E ele, de um jeito difícil de decodificar, parecia querer segurá-la ali. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Eu a vi entrar no ônibus em prantos, enquanto ele, do lado de fora tentava fazer com ela sorrisse. Fez piadas, corações, bobeiras e ela, ainda com olhos cheios de lágrima, o correspondeu. Pra quem via de fora, eles pareciam completos idiotas, mas não pra mim. Tem uma frase, de um dos meus filmes preferidos, que diz: "Se você não está disposto a parece estúpido, você não merece estar apaixonado", e realmente é isso. Vê-los ali me quebrou o coração e, ao mesmo tempo, fez com que surgisse um sorriso bobo no meu rosto. Talvez o amor seja isso. Trazer aos momentos mais difíceis leveza, mesmo que isso signifique parecer um bobo na frente de um mundo de gente. Quando a gente ama, não existe hora certa, nem despedida. Existe "até logo", "me espera", "tô com você onde você estiver". Existe cumplicidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Quando o ônibus estava prestes a sair, vi a garota chorar e o garoto, segurando seu sorriso tristonho no rosto, pedindo pra que ela ficasse bem. Um vidro os separava de um beijo, de um abraço apertado e, depois, quando o ônibus começou a andar, os quilômetros preenchiam a saudade no coração de ambos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Não sei bem o porquê, mas me identifiquei com a garota. Ao observá-la indo embora, me senti indo embora também, deixando naquele lugar metade do meu coração, assim como ela deixou o dela. Talvez fosse mera coincidência, talvez nós fossemos a mesma pessoa. No entanto, de uma coisa eu sei, a distância é algo que nos sufoca e amor é o que nos faz levantar todos os dias, na esperança de logo entrar em um ônibus do novo e ser recebida pelo - que provavelmente ela diria - melhor abraço do mundo, o dele. </span></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-70047508376230006392014-10-19T16:21:00.002-02:002014-10-19T16:33:06.684-02:00De Novo Amor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivqn7DLf6owyAWGtuZ_qEpoZrbcoBoj4xlysDilgqaAjvkEgV-Ft07D9Ls5lxRNOnjEW-ZKwRehu_py6nXUbMA6RqvgFysiJmMPXQeuyXb_UEfjf8Zm3o0cuu_gWgfcYlQu6Z1ZoxhLJY/s1600/tumblr+43.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivqn7DLf6owyAWGtuZ_qEpoZrbcoBoj4xlysDilgqaAjvkEgV-Ft07D9Ls5lxRNOnjEW-ZKwRehu_py6nXUbMA6RqvgFysiJmMPXQeuyXb_UEfjf8Zm3o0cuu_gWgfcYlQu6Z1ZoxhLJY/s1600/tumblr+43.jpg" height="265" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Ali, sentada na frente do rio, olhava o seu reflexo na água. Se contemplava como quem não quer nada, apenas seguia seus traços buscando algo de novo. Seu rosto estava diferente, havia algo que a deixava mais iluminada, mais alegre. Um sorriso bobo estava desenhado em sua boca. Ela ficou pensando de onde ele havia surgido, quem tinha colocado ele ali. Era tão estranho, logo ela que sempre mantinha uma expressão rígida, estava tão radiante. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Quando olhou para o lado viu o reflexo de outra pessoa. Eram olhos familiares e um sorriso largo que só de ver ela sentia suas bochechas corarem. Seria ele o motivo de sua mudança repentina? Foi tão rápido, tão inesperado. Mas, ele, naquele lugar, ao seu lado, com os dedos entrelaçados aos dela, a fazia questionar. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Ela sempre tentou ser durona. Escondia seus sentimentos até de si mesma, porque tinha medo - depois de alguns percalços perdemos a vontade de nos entregar. Mantinha sempre uma postura fria, de quem mal se importava, apesar de muito se importar. Tentava não demonstrar o que sentia para não se sentir frágil e quebrar mais uma vez. Só que com ele foi diferente. Ela não pensava. Parecia que ele era a calmaria do seu mar agitado. Ele carregava consigo as palavras certas e abraços que faziam com que ela abrisse mão de seu freezer interior. De uma hora pra outra ela estava sentindo, sentindo mais do que deveria e não percebeu. Ela não conseguia enxergar o quão importante ele já havia se tornado e o quão frágil ela já estava. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> É difícil se esconder dos seus próprios sentimentos. Uma hora ou outra, eles trombam com você. E foi assim que ela percebeu. Naquele dia, quando voltava pra casa sentiu algo estranho percorrer seu corpo. Saudade. Angústia. Medo. Porque depois que ele lhe soltou a mão, ficou um vazio dentro do coração dela. Era como se ela tivesse dado metade de seu coração a ele. E talvez, ela realmente tenha feito isso. Então, se sentiu desesperada. Como poderia ter perdido o controle? Ela sempre estava no controle! Quis brigar, espernear, mas era uma batalha perdida. Ela perdeu pro amor, mais uma vez. Não tinha mais o que fazer, senão sentir o quanto ela pudesse e viver cada momento ao lado dele como fosse o último. Afinal, sobre o amor ninguém entende, só se sabe que não pode pensar demais, até porque se machucar no final é inevitável. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Hoje, ela ama, e ama sem pensar no que vem depois. </span></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-22534317076955730432014-09-19T18:46:00.000-03:002014-09-19T18:47:27.911-03:00Velho Clichê <div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ_qxhovAkuEa-e_J_mla7mWnMsZUju_-LjR5yYaGqYbi6rPwEjKHX3gUHoPJtzoD3mt_LFU9bpwovj4CQJTbPKlNiaWq6tq2tOaAjpRsny508Gd5_7aReRNWqHWL15Kqw7m3q5Ou89zI/s1600/tumblr+42.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ_qxhovAkuEa-e_J_mla7mWnMsZUju_-LjR5yYaGqYbi6rPwEjKHX3gUHoPJtzoD3mt_LFU9bpwovj4CQJTbPKlNiaWq6tq2tOaAjpRsny508Gd5_7aReRNWqHWL15Kqw7m3q5Ou89zI/s1600/tumblr+42.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Os olhos se fecham e no meio de um abraço você sente cada pedaço seu se juntas novamente. Você ouve a batida de um coração - a música mais bonita que você poderia escolher pra tocar - e o som daquela respiração ofegante atravessando cada parte do seu corpo. É esquisito pensar nas voltas que a vida dá. Em um momento tudo é vazio, no outro, é colorido, tem nome e sobrenome. </span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Um dia desses fui ao cinema e fiquei observando as cadeiras vazias, e me encaixei ali. É um filme dramático no qual um dia você chora sozinha, e no outro, você tem um braço para limpar suas lágrimas. O amor é imprevisível. A busca pela felicidade é eterna. Ser completo é ilusão, sempre falta algo ou alguém. Só que nada disso pode nos impedir de viver os momentos intensamente, de sentir e ouvir o som do coração palpitar, de sorrir ao ouvir uma risada, de chorar quando tudo parece estar perdido. Pra se chegar no lugar certo é preciso ter batido em muitas portas erradas antes. </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> É clichê, eu sei. Mas, o que somos senão seres banais buscando respostas que nunca iremos encontrar? Usamos os conselhos para amenizar as nossas dores quando, na verdade, precisamos apenas do tempo, de uma dose de esquecimento e força de vontade pra levantar e escrever histórias que se repetem a todo momento de maneiras diferentes. </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Sabe, eu já desacreditei muito do amor e dos finais felizes. Nada é como nos filmes ou nos livros, mas sim, de uma forma realista, com defeitos, brigas e cumplicidade. É tudo uma questão de não deixar de acreditar, porque é como minha vó costuma dizer: se não deu certo, é porque ainda não chegou ao fim. </span></div>
</div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-43588199733923330182014-06-26T09:41:00.001-03:002014-06-26T09:46:54.469-03:00Tempo: Entre o Passado e o Futuro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB3POOjFpdXfcM_5U7Eoi0bG0nf7qG1x_brKszhAPYDlYLBQES02Sg4ORHa2pRiXxPOkXPWZ5-HOzWiBPxZF9dDtDedaFj1xq2sZvQjqJtOkrbzbxYLS5mNHJTGKXKraJdU4ZljCG74Ls/s1600/tumblr+41.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB3POOjFpdXfcM_5U7Eoi0bG0nf7qG1x_brKszhAPYDlYLBQES02Sg4ORHa2pRiXxPOkXPWZ5-HOzWiBPxZF9dDtDedaFj1xq2sZvQjqJtOkrbzbxYLS5mNHJTGKXKraJdU4ZljCG74Ls/s1600/tumblr+41.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Me encontro em meio de "para sempres" que nunca se concretizaram. Promessas que foram feitas e jamais foram cumpridas. Quem nos tornamos? Os nossos caminhos se cruzam e, ainda assim, se desfazem tomando rumos opostos. Dizer adeus nunca foi tão difícil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Ouço músicas que trazem consigo nostalgias irreparáveis e laços jurados inquebráveis. Como tudo mudou tão de repente? Nossas promessas escaparam de nós como grãos de areia se esvaiam por nossas mãos. Fico me perguntando se foi a distância ou o destino que nos separou, mas quando penso, vejo que fomos nós. A vida pode até ser bandida, só que o nosso egoísmo é mais. As coisas se perdem e no fim percebemos que somos apenas momentos e não eternidades.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Lembro de tantas risadas, lágrimas e bobagens. Quando paro e penso só consigo sentir um passado recente que parece, cada vez mais, se tornar distante. Tantas palavras escritas, tantos amores quebrados, tantos sonhos não concretizados. Esse futuro foi o que sempre sonhamos? Às vezes me parece uma idealização com peças que se desfizeram no meio do caminho.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Lendo essas velhas cartas me vejo em prantos. A vida já foi mais simples e aconchegante. Como palavras tão bonitas em um momento podem se tornar descartáveis em outro? Vejo as fotos antigas e, apesar de uma vergonha estridente, sinto saudades. Uma parte de mim ficou lá atrás e não há mais como recuperá-la.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Sinto falta do antes, mas, de certa forma, anseio pelo que virá depois. A vida nos rouba muitas pessoas e também nos apresenta tantas outras! O passado é uma eterna nostalgia, mas o futuro é uma dádiva por nos dar a chance de escrever novas histórias.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-11542482467310199532014-06-05T17:38:00.004-03:002015-02-22T18:25:37.908-03:00Um Devaneio Jornalístico <div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_j2M95eOou5zyOZ90iy_01-e5jEo9O25I-6yvc-rE2yC_QGAo1pcLNsYsKnjmM5DRJ8WBzwnbWHOH6yabcuuZ7R3zwGs8vC7RH7MX9U4EXLCryImESxCdYPJZR99cGVGRHXbCILoybJI/s1600/tumblr+39.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_j2M95eOou5zyOZ90iy_01-e5jEo9O25I-6yvc-rE2yC_QGAo1pcLNsYsKnjmM5DRJ8WBzwnbWHOH6yabcuuZ7R3zwGs8vC7RH7MX9U4EXLCryImESxCdYPJZR99cGVGRHXbCILoybJI/s1600/tumblr+39.jpg" height="317" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Às vezes me pego pensando em olhares e sorrisos que nunca vi. Da impertinência de minha imaginação, encaixo-me em um mundo que desconheço, mas que me conforta. Quando a realidade me preenche com nada, o meu abstratismo de sentimentos me leva longe. Não existem palavras que nos console enquanto o silêncio está alto demais. Nesse espelho em que me reflito, vejo uma face rígida de alguém que luta, mas ainda não sabe pelo que. O mundo ilustra tantas opções, de caminhos retos à tortuosos, e mesmo assim é difícil saber qual é o que vai nos levar a tão buscada felicidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Nesses devaneios de uma noite de segunda-feira, deixo-me flutuar juntamente às minhas indecisões, aos meus percalços e dúvidas tamanhas que, vez ou outra, tira o meu sono. Como compreender imperfeições tão perfeitas e personalidades tão abstratas? Eu não sei por onde ando, nem ao certo qual é o meu lugar, só sei que gosto de onde estou, ainda assim sinto que preciso ir mais longe. Vivemos em um mundo tão só, tão nosso. Aos poucos construímos um patrimônio grandioso - e não digo material, mais sim intelectual - e de repente nos esfacelamos, porque nos contrariamos e mudamos completamente o que pensávamos. Até meus 15 anos eu dizia firmemente que faria medicina, no ano seguinte, encantei-me com o jornalismo. Estranho, não? São extremos. Bem, hoje sei que escolhi certo. Lidar com essa loucura de pessoas e de um mundo completamente desestruturado é o que faz das minhas palavras um tripé para uma reportagem que remonta a luz dentro de mim.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> O indício de uma tímida esperança surge tentando me mostrar um longo caminho que encontra um desfecho em uma porta que se abre à humanidade. E que jornalista não sonha em mudar o mundo, não é? Eu sou realista a ponto de saber que o mundo é grande demais para uma garota de 1,68 de altura, ao mesmo tempo, me permito a navegar guiada por um coração sonhador que acredita que posso fazer grande mudanças dentro daquilo que tenho como alcançar - que de preferência seja uma boa parte do mundo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-51666566393721657562014-05-12T19:57:00.001-03:002014-05-12T19:57:34.614-03:00Enfim, O Fim?<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpt18ev4B97l7GRSropJeuhyphenhyphenpT53xhfBU0lIQ5Kus7-YyjNUoq6NMDnxvoWFxwgyCMWkUHgUv79Y1J4s_hryhonB-aUT6xL0XXOz-rfL0AVXcdwJk_lu62hndlYHuz-TwSgfboPa10i2g/s1600/tumblr+35.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpt18ev4B97l7GRSropJeuhyphenhyphenpT53xhfBU0lIQ5Kus7-YyjNUoq6NMDnxvoWFxwgyCMWkUHgUv79Y1J4s_hryhonB-aUT6xL0XXOz-rfL0AVXcdwJk_lu62hndlYHuz-TwSgfboPa10i2g/s1600/tumblr+35.jpg" height="325" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> De repente a música acaba, as luzes se apagam e a festa perde a graça. Só resta o vazio de um silêncio temeroso. Quando o fim chega, não há reivindicações. É simples e direto: um ponto final bem redondo e objetivo. Não adianta discutir ou escrever uma carta melosa. O fim é frio. É como se nós passássemos a nos preencher com nós mesmos, sem qualquer intervenção alheia. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> A nossa música ainda toca na rádio, eu lembro, mas não há mais nós na melodia. Olhar nos seus olhos é sentir ressaca, uma dorzinha profunda que eu já esqueci como sentir. Não há o que prenda meu coração, nem o seu sorriso mais incrível. É tudo tão macabro no primeiro tapa, só que no segundo a angústia vai, progressivamente, diminuindo. Eu não quero voltar atrás. Já me reconstruí em um livro impertinente, onde você é só mais um nome em vão. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> O fim é simplesmente o fim. Com todo o drama e a decepção de um fim. É uma sensação estranha. Olhamos pra trás e tudo virou nada, ou na melhor das hipóteses, um grande aprendizado. Todo "olá" vem acompanhado de um "adeus". Chega um momento em que acabam os incentivos para continuar caminhando sob o mesmo asfalto e torna-se necessário mudar a rota. Perde-se o sentido apertar a mesma tecla por mais tempo. Nós cansamos. Então, deixamos de lado as vírgulas e as reticências, encontrando o único sinal que nos resta: o ponto final. Ele chega para todos, a quase todo momento. É o movimento inconstante de finais que nos faz acreditar em uma nova esperança, em um novo sorriso, enfim, em um novo começo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Já é tarde demais para palavras. Eu me rendo. Para esse nós que nunca existiu, deixo aqui registrado o seu ponto final. </span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>"I thought I lost you somewhere, but you were never really there at all..."</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>(Here is gone, Goo Goo Dolls)</i></span></div>
</div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-24053708527200387732014-04-06T00:07:00.002-03:002014-06-05T18:00:54.754-03:00Lembrar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ-ZFe560Yg6a85OL74DcYrnx4GkITzXjN9YMzo6vM4ldd1TCgTYBYzkTVCylvBJLDD27B6dgUH5wImGM9tcKqfdNCiNyvV8EYiKUvYk0LX7EQt6xjNDhuAX0VaNlA_YPKO3y417UsZUA/s1600/tumblr+32.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ-ZFe560Yg6a85OL74DcYrnx4GkITzXjN9YMzo6vM4ldd1TCgTYBYzkTVCylvBJLDD27B6dgUH5wImGM9tcKqfdNCiNyvV8EYiKUvYk0LX7EQt6xjNDhuAX0VaNlA_YPKO3y417UsZUA/s1600/tumblr+32.jpg" height="275" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Lembrar é abrir a gaveta numa tarde de domingo e encontrar cartas esquecidas. Lembrar é arrumar o armário e encontrar fotos perdidas. Lembrar é sorrir, é chorar. Lembrar é ter insônia. Lembrar é ter que esquecer. É acordar numa madrugada de quinta-feira com uma dorzinha inquestionável no meu peito. Lembrar é querer estar perto e não poder mais. É ter uma saudade irremediável quando menos se espera. Lembrar é ouvir uma música e passar um flashback na mente. Lembrar é saber que é impossível voltar, mas ainda assim, desejar fazê-lo. É olhar para a janela e sentir um vazio imensurável. É amar, é dizer adeus. Lembrar é escrever histórias, ouvir a mesma música repetidas vezes. Lembrar é encontrar uma rosa ressecada no meio do seu livro preferido. Lembrar é passar por cima do orgulho e vomitar palavras. É ter dor cabeça, ressaca e enjoo. Lembrar é querer ouvir a voz de alguém do outro lado da linha. É aceitar o silêncio, quando tudo o que você quer são palavras. Lembrar é abdicar. Lembrar é voltar no tempo, mesmo que este, já tenha virado do avesso. É querer e não poder. Lembrar é viajar por olhares desconhecidos a procura de um único. Lembrar é reviver um passado ansiando por um futuro diferente. Lembrar é ir, é ficar. Eu me lembro todos os dias. Às vezes é um tormento, outras, a minha grande salvação. Lembranças são lições, são amores errados ou acabados, são passados parcialmente apagados. Lembrar é ter a certeza de que tudo, de alguma forma, valeu a pena, seja com sorriso nos lábios ou lágrimas nos olhos. Agora, eu me lembro. E mesmo com os olhos marejando, desenho em minha face as histórias passadas como um dos contornos mais singelos do meu sorriso. </span></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Lembrar é viver. </span></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-83690039877418949682014-04-05T23:29:00.002-03:002014-04-08T15:58:19.342-03:00Inocente Sorriso <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1fU24EYkfBjhm5ogoiqo5Z7O-A0H2T0IMD-vE-qT2cy_ZqnSMWqCd2SpTuH5T9FB8OzPpggubVP_QXF7jpoauXRgT-1Sau43QrYPMKGXFt_gPKZNUFNVHr_CrgNqWaAp_gtjfgX8AXIA/s1600/tumblr+31.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1fU24EYkfBjhm5ogoiqo5Z7O-A0H2T0IMD-vE-qT2cy_ZqnSMWqCd2SpTuH5T9FB8OzPpggubVP_QXF7jpoauXRgT-1Sau43QrYPMKGXFt_gPKZNUFNVHr_CrgNqWaAp_gtjfgX8AXIA/s1600/tumblr+31.jpg" height="267" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Olhos singelos, sorriso envergonhado e cabelo bagunçado. Ela estava estática, sem saber o que falar e muito menos cogitava o que viria depois daquele olhar meigo vindo dele. Era tudo novo, cheio de expectativas. A história é a mesma quase sempre. Ele sorri e fala baixinho: "quando eu chegar perto, feche os olhos". Então, da forma mais pura e inocente acontece ali, embaixo de uma árvore, o marco da história de um coração recém nascido no assunto. A aproximação acontece, ela fecha os olhos e enfim os seus lábios tocam os dele. No início, uma sensação esquisita, mas depois tudo se encaixa da forma mais correta. O momento é mágico, até parece que as estrelas se transformam em fogos de artifício.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> As borboletas voam do estômago dela, seus olhos brilham. É inacreditável. A vontade dela é sair pulando por todo o caminho que passa. O seu sorriso esbanja aquele tipo de felicidade inquestionável. É tudo tão inocente, tão bonito. O começo é sempre muito puro, chega a ser incrível de se observar. Já depois, nem preciso dizer, mas não quero estragar o momento. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Ela quer se beliscar, tudo parece sonho. Esse roteiro é pronto, eu conheço, todos conhecem. É tão mágico que ainda com tanto tempo já passado, nós lembramos. O dia do primeiro beijo. Que dia, não? Pra uns, desengonçado, esquisito, pra outros, no entanto, maravilhoso, inesperado. Contudo, para todos é sempre memorável. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Hoje ela não dormirá, os seus pensamentos serão mais fortes. Um sonho, tão real a propósito, vai ser transmitido em sua mente por diversas vezes. O seu sorriso inocente ficará desenhado em sua face até o amanhecer. E eu, só uma mera ouvinte, sorrio com ela, por poder ouvir essa história tão meiga que até fez uma velha borboleta pousar nos meu ouvidos e me lembrar de um passado distante, no qual outra história parecida me ocorreu. </span></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-16386959095045047852014-03-08T12:44:00.002-03:002014-06-05T18:03:34.107-03:00Doce/Amarga Dúvida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2qo6nEmje6oq3Pzb303kzmhPQFllu9FWEzxfR9cQ3xsb1D0xH5nXjZUoHCJRLdV8WQZJwKVYqO74QGX6eSAbKpZvBrMYrE6wEd6gN4yV55Uf0w4PHv_gsfmkUmxizo-ytPPXvrKssDDs/s1600/tumblr+30.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2qo6nEmje6oq3Pzb303kzmhPQFllu9FWEzxfR9cQ3xsb1D0xH5nXjZUoHCJRLdV8WQZJwKVYqO74QGX6eSAbKpZvBrMYrE6wEd6gN4yV55Uf0w4PHv_gsfmkUmxizo-ytPPXvrKssDDs/s1600/tumblr+30.jpg" height="267" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Um gole de saudade. Doce, azedo, amargo. Eu não me importo. Desses olhos de ressaca só me restam a ânsia lamentável de um último adeus. Gostaria que algo fosse diferente ao menos uma vez, uma única vez. Não me peça palavras, quando tudo o que eu tenho é meu coração e essa mania de sentir que me corrompe por dentro. Eu não te vejo, não te escuto, mas, assim mesmo, te leio. E nessa distância de olhares longínquos eu te observo com essa máquina pulsante dentro de mim. Eu não sei o que falo, nem o que sinto. Esses caminhos são tortuosos e você ainda me tortura com essa mania de sorrir por meio dessas frases feitas e estúpidas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Poema, crônica, romance. Eu não quero saber. Na obscuridade do que há em mim, encontro tudo o que eu deixei de falar. Um silêncio cheio de barulho que o seu rádio não sabe tocar. Não quero respostas, nem um copo de whisky, eu quero você. Com essas quatro letras inteiras e esparsas. Não preciso me corromper pra dizer a verdade. Eu me escondo, fujo e finjo não sentir. Só que as entrelinhas estreitas da minha expressão e dessas palavras inúteis não enganam a ninguém. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Notas musicais preenchem a minha mente e dentro delas escuto um vão ácido grito. Antes de ir, fique. Nenhum adeus é sustentado pela vazia indiferença que, claramente, não existe entre nós. Eu não vou pedir, não espere isso de mim. O orgulho ainda é meu maior defeito e a saudade meu maior fardo. Eu não sou de me humilhar em versos ou gritar pelo desinteresse. Sinto calada na imensidão fria do meu quarto. E nessa melodia, meu caro, você é só um acorde, que ainda pode virar música. A escolha é sua, o amor é meu. Então, suma. Ou então, fique. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> No gosto amargo dessa bebida doce, não existem amarguras em mim. Só existe dúvida. E talvez, na melhor das hipóteses, você ainda seja a resposta por que venho procurado. </span></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-979469024054431792.post-3578335902609154912014-03-03T11:25:00.000-03:002014-03-03T11:25:30.460-03:00O Túnel das Incertezas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2znB0wekbBcRHkDKqedugiCwaSMlw-XTr-r46H4bBSOWup8-FWER6Ezmao3YZXwzhfLLhjBC4CbTSLxqXaqU6ffFdTKyxN5xz2u5kjUnzFAR1d7kDX-AFtIuHt2s5xvS6jx70mdJidJo/s1600/tumblr+27.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2znB0wekbBcRHkDKqedugiCwaSMlw-XTr-r46H4bBSOWup8-FWER6Ezmao3YZXwzhfLLhjBC4CbTSLxqXaqU6ffFdTKyxN5xz2u5kjUnzFAR1d7kDX-AFtIuHt2s5xvS6jx70mdJidJo/s1600/tumblr+27.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;"><i> Para ouvir: Pyro, Kings of Leon. </i></span></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Vago entre pensamentos e palavras que me assombram nessa madrugada de verão. A insônia vem como um tapa na cara trazendo consigo algo quente que queima os meus olhos. Eu não sei o que se passa. A única certeza que me assola é esse coração todo doído pulsando dentro de mim. Onde é mesmo o meu lugar? Pensei que já tivesse superado isso. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Nos últimos tempos minha vida se encaixou em uma corda bamba - há momentos que pende para um lado e outros, para o oposto. Não sei mais qual a escolha certa. Conquistei o que eu mais queria e, ainda assim, me sinto vazia. E se o que me falta está do outro lado? Não há como criar uma ponte. Eu arrasto a distância comigo como um fardo. A cada quilômetro é como se uma parte do meu coração quebrasse. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Eu cansei de tentar entender, de procurar meios. A vida continua sendo bandida comigo, roubando de mim até mesmo o que eu nem pude ter. Não faço ideia de quando a situação se reverte, já é hora do jogo virar ao meu favor. Entretanto, o destino ainda é dono do meu livro, e acredito que reviravoltas estão por vir. É por esse motivo que deixo o pingo de esperança que ainda me resta iluminar os meus dias e tirar de mim os poucos sorrisos que posso oferecer. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Nesse caminho de incertezas, o meu coração, já tão partido, ainda acredita que no fim do túnel a felicidade me aguarda. E é isso que me faz seguir em frente. </span></div>
Isabela Afonsohttp://www.blogger.com/profile/07352185822569086005noreply@blogger.com0